Local de reunião da "malta" do Gil que, de alguma forma fizeram parte da Secção de Rádio. Apenas a estes, estará aberta a possibilidade de publicarem todos os artigos que entenderem, sem a intervenção de qualquer outro membro. Esperam-se histórias, fotografias, capas de discos, faixas…recordações!
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sábado, abril 19, 2014
O 24 e o 25 de Abril de 1974 do núcleo de rádio
Nas minhas pesquisas incessantes e "googlescas" por pessoal da rádio especialmente muitos que para lá foram depois de a maior parte de nós de lá ter saído e eu inclusivé ter passado a andar a "elas", como todos sabem tem aparecido gente e mais gente que diz por lá ter passado. Ora como alguns posteriores a mim já nem esses o podem confirmar, e o "almejado layout" que o Valentino Barroso tinha, mas que deve ter "ido" no avião que está desaparecido, eu proponho que se passe a definir o núcleo de rádio, e mais propriamente os seus elementos componentes, pelo pessoal que entrou até a 24 de Abril de 1974, pois não há forma de controlar a veracidade das afirmações, e a páginas tantas não vá o nosso "Primeiro", ou até o nosso "Pensionista-mór" que actualmente reside em Belém, virem dizer que pertenceram ao núcleo de Rádio.
sexta-feira, abril 11, 2014
Bom........Vamos lá dar Viagra Hertziano a isto.
TOMO 1 Saudosismo
"Linkem" e atrevam-se.
http://telefonia.no.sapo.pt
http://telefonia.no.sapo.pt/lisbon.htm
http://www.classicosdaradio.com/RadioGraca.htm
E isto não é saudosismo. A rádio hoje é uma manada de meninos e meninas aos montes (especialmente durante as manhãs e em todas as estações) dentro de uma cabine do locução.Eles a dizerem bacoradas, e elas a rirem-se muito. Ou então uma mais espigadota a dizer umas parvoíces e eles a babarem-se.
"Linkem" e atrevam-se.
http://telefonia.no.sapo.pt
http://telefonia.no.sapo.pt/lisbon.htm
http://www.classicosdaradio.com/RadioGraca.htm
E isto não é saudosismo. A rádio hoje é uma manada de meninos e meninas aos montes (especialmente durante as manhãs e em todas as estações) dentro de uma cabine do locução.Eles a dizerem bacoradas, e elas a rirem-se muito. Ou então uma mais espigadota a dizer umas parvoíces e eles a babarem-se.
quarta-feira, abril 09, 2014
Filhos do Rock - 3
Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
(Rifão Quotidiano de Mário Henrique-Leiria)
A primeira vez que fui contactado
pelo Paulo Coelho, foi para mim uma enorme surpresa. Descobri que havia a
possibilidade de voltar a reunir uma série de pessoas que já não via há “um ror
de anos”.
Durante vários anos apenas tinha
encontrado, esporàdicamente, o Funenga, o Tony e o Silveira, este com mais
frequência porque trabalhávamos relativamente perto, pelo que esta hipótese me
deixou entusiasmado.
Quando nos reunimos pela primeira
vez (para mim), foi espantoso reconhecer tantos rostos e actualizar as minhas
memórias.
Como compreenderão, havia pessoas
completamente desconhecidas, com quem nunca tinha privado, e a quem pouco me
referirei. Como membro mais velho do grupo, tinha sido aquele que mais cedo me
tinha afastado e que portanto não tinha acompanhado a transicção.
Mas era espantoso reencontar o
Barroso, o Funenga, o Tony, o Morgado, o Tão, o Rui Coelho, o Adelino, o Bébe,
o Lopes, o Gonçalves, o João Coelho, o Horácio... Do grupo inicial, apenas
faltou rever o Silveira, o Fortes e o Rosendo (?).
Quando o Paulo falou na
possibilidade de criarmos un site ou um blogue, abracei de imediato a ideia e
criei o “nosso blog”. De nome “Meninos da rádio”, foi aberto a todos aqueles
que faziam parte daquele grupo, a quem foram enviados convites para serem
co-autores. Apenas 13 aceitaram o convite, e apenas um escreveu artigos no blog
e apenas três escreveram comentários.
Aquilo que, a mim, me tinha
parecido uma ideia engraçada e com potencial para nos levar a outros campos e
incrementar a tertúlia e a criatividade, não foi aceite pela esmagadora
maioria.
Citando o Paulo Coelho:
“Esqueci-me que este Blog não era um
programa de rádio.... Esqueci-me que somos mais que adultos, pais e avós. Dei
comigo a sugerir e a mandar "Links" para audições. Esses tempos não
voltam mais.”
Concordo Paulo!
Este blog não era um programa de
rádio. Mas podia ter sido!
Eu sei que quarenta anos é muito
tempo! Eu sei que cada um de nós seguiu um rumo diferente! Eu sei que a
realidade de cada um é distinta da do outro e, por vezes, não permite grandes aventuras.
Mas, quis acreditar que podia ser “giro”.
Quis crer que haveria lugar para recordar e partilhar. Reconheço que sofri de
excesso de expectivas.
Por isso mesmo, em Fevereiro de
2013 deixei de publicar artigos, tendo mesmo proposto ao Paulo Coelho, o outro autor
com artigos, o encerramento deste nado-morto.
Aqui fica o meu desabafo! Porque não quero ser confundido com uma nêspera, agora que está quase a chegar a época delas!
E o meu grande agradecimento ao
Paulo Coelho, por todo o trabalho que teve e pelo prazer que me/nos
proporcionou! Foi muito agradável reencontrar cada um de vocês em particular e
todos em geral, mesmo aqueles que não conhecia.
Até sempre!
Filhos do Rock - 2
Tenho acompanhado a série “Filhos
do Rock”.
Parece-me um bom exercicio de memória e ajuda a recordar algum
passado.
Não acompanhei, de uma forma
muito intensa, o nascimento e desenvolvimento do” rock português”. Esta tem
sido a oportunidade de, apanhando a boleia, recordar programas de rádio, grupos
e canções.
Por vezes, a memória reaviva-se
perante determinados estimulos e leva-nos a viagens de mais de quarenta anos.
Já repararam nos membros do grupo
“Os Barões”? Zé Paulo,
Garrafa e João Pedro?
O Garrafa é, para
mim, o mais marcante.
Acho-lhe diversas parecenças com alguém que
fazia parte do nosso grupo mais restrito. O cabelo, a forma de estar (entre o espalha-brasas
e o muito alegre), a origem (algarvio), fazem-me recordar o Rui Coelho.
Filhos do Rock - 1
Há algumas semanas atrás,
precisei de me deslocar de táxi, por não poder conduzir.
Apanhei um táxi que era conduzido
por um sujeito que ouvia um posto de rádio a que não liguei. Durante o
percurso, o motorista resolveu entabular conversa e mostrar que sabia de
música.
“O cantor desta canção era um
individuo fora do comum. Devia pesar mais de 300 kg.”
“É verdade respondi-lhe. Era
enorme e dificilmente poderia passar despercebido”. Pus-me a recordar a sua
imagem e a tentar lembrar-me do nome da canção que o tornou célebre e, que já
foi interpretada por dezenas ou centenas de outros cantores. Mas, embora a
memória não tenha ajudado, não dei parte de fraco.
Aí o condutor resolveu dizer :
“Já vi que também sabe do assunto.” E começou a falar do rock dos anos
cinquenta e sessenta. E começou a desfilar nomes: Pat Boone, Elvis Presley,
Chuck Berry ...e os Beatles. “Eu sou um pouco mais velho, mas...”
A viagem chegou ao fim, mas como
durante toda a manhã me sobrou tempo, fui-me entretendo a divagar sobre o tema.
O homem deveria ter entre 65 e 70
anos. Aparentava um estado fisico bastante equilibrado e, mentalmente,
aparentava uma memória acima da média.
Daí, foi um passo para pensar
como é que os outros me veriam.
Raramente olho para um espelho
com “olhos de ver”. É o pentear e aparar a barba. Não me recordo de olhar para
o espelho e ver as rugas ou o ar mais envelhecido. Os cabelos brancos do cabelo
e da barba fazem parte do quadro geral e nunca me incomodaram. No tempo em
que, diáriamente, usava gravata, o
quadro não era muito diferente.
Mentalmente, embora com muitos
acidentes de percurso que foram deixando as suas “verrugas”, continuo a
achar-me “relativamente” são e tento não adoptar atitudes muito
“empoeiradas e datadas”. Gosto pouco de
termos como “a música do meu tempo...”. Tenho uma forma relativamente
“””Jovem””” (reparem nas aspas) de estar.
No entanto, tenho alguma
dificuldade, vá-se lá perceber porquê, em imaginar pessoas de idade mais
avançada, detentores de uma cultura musical na área do rock. Esta dificuldade
está, certamente, associada ao nosso passado politico e à correspondente dificuldade
de acesso à cultura académica e/ou musical.
A música, na sua maior parte, com
excepção da clássica e de alguns tipos de jazz, é um produto “jovem”, criada e
executada por “jovens” e destinada, essencialmente, a “jovens”. É um rótulo
que, de alguma forma, se cola à nossa forma de olhar os outros.
Se conhecemos e gostámos do rock,
então ainda possuímos alguma juventude. Será?
Recordo-me de dizer a mim
próprio: tenho que manter o contacto com a música que for sendo feita, não me
posso fechar naquela que já conheço. Não posso dizer que música boa era a dos
Led Zeppelin, ou dos Beatles, ou dos Rolling Stones, ou...
E no entanto, não fui capaz.
Logo, envelheci.
E vocês?
PS: Quando a memória não ajuda, procura-se na internet:
Israel Kamakwiwo Ole – Somewhere over the rainbow
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